“A arte funciona como janelas. Janelas para fora que escancaram o mundo que nos cerca. Janelas para dentro, que espiam as profundezas que nos habitam. Estamos aprisionados em labirintos, mas a arte encontra a saída. Investigo alternativas de texturas e formas, de saturação de cores. Ressignificações para o que é obra, objeto e produto. Leveza e volume. Grafite e escultura. Nas coordenadas deste século no qual me encontro, vivo como um ser digital. Urbano e conectado. A arte também desliza em superfícies de pixels e bytes, a tecnologia reinventa limites. Sigo alquimista”.
Neto do artista Abraham Palatnik, referência da arte cinética no Brasil, Bernardo Palatnik traz no sobrenome o gosto pela experimentação. Formou-se em desenho industrial na PUC-Rio no final de 2007 e trabalhou com design de joias, mas se viu impelido pela necessidade de desbravar seu próprio território de expressão. As primeiras obras surgiram a partir de desenhos feitos no iPad que ganharam vida na prototipagem: produzidas em plástico biodegradável em impressora 3D e depois pintadas com tinta acrílica em spray. Também tem explorado as telas e diversos formatos, entre eles os dípticos, com diferentes camadas de pintura. Além do avô, os pintores norte-americanos Jackson Pollock e Frank Stella e a arte urbana dos grafiteiros são suas maiores inspirações.